sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Caipora News - 2ª Edição

Bem vindos, leitores do Caipora News.


Nessa edição, reproduzimos entrevista do deputado estadual Major José Olímpio, concedida ao informativo Brasília Confidencial.


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ENTREVISTA / MAJOR OLÍMPIO, DEPUTADO PAULISTA QUE SAIU DO PV, MANDA RECADO À SENADORA

“Você não merece esse engodo”

Extraído do informativo online Brasília Confidencial n. 18, de 12.08.2009

http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/


O deputado estadual Major Olimpio, de São Paulo, acaba de romper com o PV.
Em entrevista ao Brasília Confidencial, ele afirma que o PV abre mão até de seus projetos ambientais em nome de um “apoio cego” à aliança PSDB/DEM. Rebelado desde o início do mandato, em 2006, Major Olímpio aponta o fisiologismo do partido e a censura que o PV impôs a suas denúncias contra o Governo José Serra (PSDB). Para a senadora Marina Silva (PT), que pode fazer o caminho contrário, aderindo ao PV para concorrer à Presidência da República, ele manda um recado: “Você não merece esse engodo”.


BRASÍLIA CONFIDENCIAL. O senhor deixou o PV ou foi o PV que o deixou?
MAJOR OLIMPIO – Eu deixei o PV. Entrei com uma ação na Justiça, inclusive, alegando justa causa. Depois, recentemente, eles me procuraram para um acordo. Fiquei com o mandato e retirei a ação.


BC – O que o senhor alegou na ação?
MAJOR OLIMPIO – Até as censuras e discriminações que sofri. Fui proibido de falar em nome do partido. Fui excluído da vice-liderança… O caso é que, nas eleições passadas, o PV teve candidato próprio em São Paulo e, portanto, não compunha a base de apoio do José Serra (PSDB).


BC – O senhor faz oposição isolada ao governador Serra. Como isso começou?
MAJOR OLIMPIO – Eu não poderia jamais, como filho de servidor, como policial durante 29 anos, me prostrar diante desse desmonte, desse absurdo que o governador tem feito no serviço público, na polícia. Eu não me elegi para me prostrar diante do governador. O PV fez isso em troca de um cargo, de uma Secretaria de Assistência Social. E em troca de duas secretarias do aliado de Serra, o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Eu descobri que a candidatura do PV foi um jogo de cena. Eu entrei nessa porque nunca tive muita habilidade política, nessa política de cartas marcadas. Eu não soube entender que era tudo uma grande armação. Foi uma campanha armada para que eles se jogassem depois nos braços de Serra e Kassab.


BC – Como o senhor percebeu isso?
MAJOR OLIMPIO – Logo no começo do mandato eu entendi. Meus sete colegas de bancada votaram em favor de vetos de Serra a projetos ambientais. Um deles era para a despoluição dos rios. É uma obediência cega ao Serra. Chega ao absurdo, ao desrespeito absoluto ao eleitor. Por causa do meu comportamento, fui destituído da condição de vice-líder e nem podia mais falar pelo partido nas sessões. Eu virei um deputado zumbi. Até meus projetos o PV mandou que eu retirasse.


BC – O senhor propôs uma CPI para investigar o Governo Serra?
MAJOR OLIMPIO – Sim, em 2007. Mas não consegui assinaturas suficientes. O fato é que os helicópteros da Polícia Militar viraram
táxi-aéreo de “aspones” e secretários do governador. Para você ter uma idéia, houve um sábado (em 2007) que o Goldman (Alberto Goldman, vice-governador de São Paulo) pegou seus chinelinhos e seu cachorro e chamou um “táxi-aéreo do governo”, que era, na realidade, um helicóptero de resgates da PM, para ir passear em Campos do Jordão. E isso ainda acontece nesse governo. As madames, mulheres dos usuários desse “serviço”, reclamaram então que nos helicópteros havia fuzis e elas não gostavam dos fuzis no seu táxi-aéro. Mandaram tirar; e a PM teve que retirar. Olha, isso é o fim do mundo. Mas o PV me mandou calar a boca.


BC – E o senhor não denunciou de outra forma?
MAJOR OLÍMPIO – Sim, pedi a CPI e também denunciei o caso à Procuradoria da Justiça do Estado de São Paulo. Sabe qual foi o resultado? O parecer foi de que esse uso dos helicópteros pelo governo é legítimo. Mesmo com as aeronaves de socorro. Então, o governador pode tudo.


BC – Houve alguma outra situação em que o senhor ficou indignado?
MAJOR OLIMPIO – Muitas. Quando houve a inundação no Maranhão, São Paulo mandou 30 bombeiros para lá. Eles foram enviados em um avião da FAB. Ajudaram e tal. Na volta, não tinha mais como eles voltarem no avião da FAB. Sabe o que o governo paulista fez? Nada.
Os 30 bombeiros passaram três dias molhados, feridos, cansados, no aeroporto do Maranhão. O governo paulista não queria pagar passagens para os 30 bombeiros voltarem para suas casas. Sabe como eles voltaram? Nós, policiais, pagamos as passagens para os colegas com um fundo nosso mesmo, que mantemos para garantir café e bolachinhas nos quartéis. Nós, policiais, pegamos desse dinheiro e pagamos as passagens para os colegas. Na volta, eles nos contaram que não receberam sequer as diárias pelos dias que passaram lá, ajudando a salvar vidas.


BC – Nesse momento em que o senhor rompe com o PV, a senadora Marina Silva (PT) avalia a adesão ao partido para garantir uma bandeira ambiental e disputar a Presidência daRepública. O senhor daria algum recado à senadora?
MAJOR OLIMPIO – Muito claramente: Marina, pense muito bem. Os princípios do PV são fantásticos no papel, na conversa. Mas não são reais. Você não merece esse engodo.


Veja também no Paulo Henrique Amorim 
Kassab de helicóptero. Os outros, de metrô
 
 

domingo, 9 de agosto de 2009

Caipora News - 1ª edição

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A seguir a primeira edição de nosso informativo.


Ou locupletemo-nos todos
Por Eduardo Guimarães, em 24 de julho de 2009
Veja mais em http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Você está indignado com José Sarney porque ele conseguiu um emprego no Senado para o namorado de sua neta? Ok, pode ficar indignado. O que se depreende do fato, claro, é que Sarney e sua família tratam cargos públicos como se fossem de sua propriedade. 
O que você não tem direito de aceitar, porém, é que todos os outros homens públicos que usam a mesma prática, bem como a imprensa que só faz alarde desse tipo de caso quando lhe interessa, apontem o dedo única e exclusivamente para Sarney. Isso é hipocrisia do pior tipo.
No fim de março, por exemplo, descobriu-se que, tanto quanto o namorado da neta de Sarney, a filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Luciana Cardoso, recebia proventos do gabinete do senador pefelista Heráclito Fortes sem aparecer no Senado para trabalhar, e ainda recebendo mais de R$ 7 mil mensais por isso, fora os benefícios.
O assunto, porém, ficou nas páginas internas dos jornais por dois ou três dias e nem deu as caras na tevê. Pergunte-se por que...
Alguns expoentes da imprensa oposicionista tais como o colunista e blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, “explicaram” a situação da filha de FHC dizendo que não viam nada demais no caso, pois quando se trabalha em casa acabar-se-ia “trabalhando mais” do que no local de trabalho de fato.
Diante disso, a rebenta de FHC pediu “demissão” do emprego no qual não trabalhava, e foi só. O caso ficou por ali, ao menos na imprensa, o que suscita várias questões:
Por que, com o namorado da neta de Sarney, está sendo feito todo esse auê na imprensa se com caso até pior da filha de FHC (porque ela não aparecia para trabalhar) não aconteceu o mesmo? Aliás, por que Sarney está pagando sozinho pelo que atinge quase todo o Senado e os partidos de oposição e governistas?
Repito a questão: por que grandes jornais, tevês rádios e blogueiros (Noblat, Josias, Esgoto etc) ligados a essa mídia aliada do PSDB e do PFL vêm dedicando 80% dos espaços que controlam a desancar Sarney se quando se descobriu fato tão grave quanto sobre a filha de FHC eles todos mal noticiaram o assunto? 
E quando o PSDB, o PFL e a imprensa associam Sarney a Lula por este se revoltar contra o massacre seletivo àquele, será que partidos e meios de comunicação oposicionistas acham que conseguirão com isso abalar agora a popularidade do presidente apesar de que ataques muito piores a ele nos últimos 6 anos só fizeram sua popularidade subir? 
Claro que não. O objetivo é derrubar Sarney e pôr o tucano Marconi Perillo no lugar dele para travar os projetos do governo no Senado, pois a Presidência da Casa tem esse poder. Daí, entraríamos no ano eleitoral de 2010 com o governo sem conseguir aprovar mais nada no Congresso, pois tudo que a Câmara baixa votar tem que ser ratificado pela Câmara alta. 
Se não fosse assim, o noticiário falaria de todo nepotismo, de todos os desvios de que acusam Sarney, mas frisando que começam pelo presidente do Senado e se estendem a este, àquele e aquele senadores, citando um a um, o partido de cada um e ressaltando que, indiferentemente de partido político, região do país, ideologia etc., ninguém tem moral para criticar ninguém.
Mas não, o noticiário faz crer que a derrubada de Sarney terá o condão de pôr as coisas nos seus devidos lugares. Enquanto isso, essa mesma imprensa não cobra investigação do caso da filha de FHC, um dos mais críticos em relação a Sarney. 
Para atingir esse objetivo, a coalizão formada por PSDB, PFL, Grupo Folha, Grupo Estado, Editora Abril, Organizações Globo, Rede Bandeirantes, TV Gazeta e todos os outros jornais, rádios e tevês afiliadas que gravitam em torno dos veículos nominados tratam de promover uma guerra psicológica contra a família Sarney. 
O objetivo é abalar moralmente inclusive os membros mais frágeis dessa família para que pressionem o patriarca para que desista e eles sejam todos deixados em paz, pois a família deve estar no limite da exaustão mental, o que pode explicar, inclusive, a esposa do presidente do Senado, dona Marli, ter rolado de uma escada e fraturado a clavícula em cinco lugares nesta quinta-feira.
A neta de Sarney cuja voz aparece nas gravações divulgadas na quarta-feira é obviamente bastante jovem e provavelmente deve estar desmoralizada junto aos amigos, colegas de escola, vizinhos etc. É quase possível vê-la aos prantos junto da avó e do pai (este também alvo dos ataques) por ter participado de uma prática comum a tantos pares do avô que, apesar de terem usado tais expedientes, agora o acusam “indignados”.
A mesma guerra psicológica e hipócrita já foi desencadeada contra outros políticos acusados exclusivamente por práticas que, na verdade, são comuns a grande parte de seus acusadores na classe política, os quais, por integrarem os partidos aliados à imprensa que denuncia, são sempre poupados.
É uma guerra política. Se Lula ceder seu governo acabou, no que depender do Legislativo. Só poderá governar com o que não depender daquele Poder. O Senado barrará todas as iniciativas da Câmara, onde o governo federal tem maioria. 
Essa é a razão para só estarem acusando Sarney por práticas que envolvem praticamente todos os seus pares, independentemente se de partido do governo ou da oposição. E aí cabe a cada cidadão decidir se é isso o que quer para o país, que seu governo fique manietado até 2011 num mundo que atravessa a pior crise econômica dos últimos 80 anos.
Vale lembrar que, se o governo não puder funcionar normalmente, o prejuízo será da população, sobretudo da população mais pobre, mas com efeitos nefastos em todas as classes sociais. 
O que fazer, então? Deixar tudo como está para Sarney? 
Bem, por mim, podem malhá-lo feito Judas, contanto que façam o mesmo com cada um dos que têm o mesmo tipo de supostos passivos “éticos” pesando contra si, a começar pela filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 
Ou, então, locupletemo-nos todos.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ação Direta



"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.”
Mahatma Gandhi


Você, caro amigo, que anda desanimado com toda a sujeira que há na política, que anseia um país melhor e sente-se impotente diante da safadeza e da cegueira instaladas, você pode agir decisivamente para uma mudança sim, mesmo que não pareça.
Uma coisa é certa: passar raiva, se estressar, desanimar, ter medo etc. não vai mudar nada!
Esperamos um político combativo, que nos salve do monstro economidiatico, mas não movemos uma palha para contribuir com uma mudança. Sem entrar nos possíveis méritos da questão, sozinho sempre é mais difícil né?!
O fato é que encontramos a solução para os seus problemas. Não é miraculosa, não é da noite pro dia também, mas é algo que a curto prazo lhe fará muito bem para o espírito e para a saúde, e a longo resolverá a maior parte dos problemas que afligem a sua vida.

PANFLETAGEM, pura e simples, mas sem pregação política.

A idéia é a seguinte: encontre um texto legal, crítico, de fácil leitura e curto – ou escreva um –imprima e/ou xeroque umas 50 cópias (mais ou menos de acordo com suas possibilidades) e, no fim de semana de manhã – ou em qualquer outro dia/horário – ao ir à padaria, sei lá, vá deixando em cada casa de sua rua uma cópia desse texto, boa chance para um passeio matinal, uma caminhada, uma nova amizade com um vizinho... você só tem a ganhar!
Algo legal de se fazer é sempre sugerir os endereços dos blogues que você lê e incentivar as pessoas a procurarem informação por conta-própria. Elas começarão a perceber que não é difícil compreender os motivos dos nossos principais problemas, e, mais poderoso, perceberão que há mais pessoas como elas, buscando uma solução.
Talvez no princípio não muitos leram sua carta, mas com o tempo, um dia ou outro, algo naquela cartinha estranha chamará a atenção e fará sentido; aí estará rompido o lacre.

Participe também contribuindo com textos e distribuindo cartas. 

Que a força esteja com vcs!

Grande abraço a todos,
Coletivo Caipora